sexta-feira, 15 de maio de 2009

PROVA SÃO PAULO

Prova São Paulo 2008 mostra que maioria dos alunos evoluiu no aprendizado!!!

Além de revelar o perfil individual dos estudantes da rede municipal, a segunda edição
da Prova São Paulo permite acompanhar a evolução anual do aprendizado dos
alunos, o que é inédito no país.
As 512 escolas de Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino estão recebendo
desde o dia 17 de abril de 2009 os resultados da Prova São Paulo, realizada nos dias
10 e 11 de dezembro de 2008 por quase 300 mil alunos. Os resultados, que permitem
avaliar o desenvolvimento dos estudantes de um ano para o outro, revelam dados
animadores – a exemplo da progressão contínua dos alunos do Ciclo I.
O secretário Alexandre Schneider comemorou os resultados. “O ganho de
aprendizagem no Ciclo I mostra que a nossa política está no caminho certo. A
recuperação está funcionando bem e o programa Ler e Escrever é um sucesso”, disse
o secretário. Em 2008, o Ler e Escrever, implantado na Rede Municipal desde 2006,
foi ampliado para os alunos do 3º ano e os estudantes deste nível com baixo
desempenho fizeram recuperação.
Composta por testes de Língua Portuguesa/Leitura e Matemática, a segunda edição
da Prova São Paulo incorporou algumas inovações. Sua aplicação, que em 2007 se
restringiu aos alunos do 2º e 4º anos dos Ciclos I e II, atingiu todas as séries. A
Secretaria optou por estender o exame a dois grupos de alunos que apresentaram
dificuldades. Foram avaliados também todos os alunos de 3º ano do Ciclo I que
participaram do PIC, uma das etapas do Programa Ler e Escrever. São estudantes
que recebem reforço por apresentarem dificuldades no processo de alfabetização.
Incluiu-se ainda o conjunto de alunos que, em 2007, estavam no 4º ano do Ciclo I e
obtiveram proficiência em Língua Portuguesa inferior a 150.
Em 2007, a Prova São Paulo foi feita com duas escalas diferentes. A avaliação do 2º
ano teve uma escala própria, enquanto as provas das demais séries estavam na
escala Saeb, conhecida e utilizada nacionalmente. Desta vez, a pontuação do Saeb foi
referência para todos os testes. Na prática, isso é mais um elemento para permitir que,
o longo do tempo, seja possível observar o desenvolvimento de cada aluno,
individualmente, ano a ano. É algo inédito, pois não existe nenhum instrumento capaz
dessa análise em todo o País.

Escala SAEB

Outra novidade foi a aplicação de testes por amostragem. Em 2007, as provas
abrangeram apenas os alunos de 2º e 4º anos dos Ciclos I e II. Agora, os alunos de
anos ímpares também participaram. Ou seja, alunos de todas as séries do Ensino
Fundamental foram avaliados. Com a inclusão dessas séries, a Secretaria diminui o
intervalo entre as provas, aumentando o acompanhamento da qualidade do ensino da
Rede Municipal de Educação. No caso dos alunos do 2º ano do Ciclo II, a prova foi
aplicada por amostragem porque não é necessário acompanhar cada um dos alunos,
já que eles deixarão o Ensino Fundamental ao concluir esta etapa.
Resultados Língua Portuguesa-Leitura de textos e Matemática
O caderno de resultados que as escolas estão recebendo traz o desempenho
individual de cada aluno e a média nominal dos alunos da própria escola, da Diretoria
de Ensino da região onde ela está inserida e da rede como um todo. Traz ainda um
relatório pedagógico completo, contendo as habilidades relativas a cada nível da
escala Saeb, as expectativas de aprendizado e as orientações pedagógicas para cada
série e ciclo. É interessante observar a evolução dos
alunos ao longo do Ciclo. Eles não só aumentam suas médias como mudam de nível
na escala Saeb.
Embora em ritmo mais lento, a evolução ao longo dos quatro anos também ocorre no
Ciclo II.
O comparativo direto entre as médias de 2007 e 2008 também demonstra a evolução
ao longo do Ciclo. No Ciclo II, as médias decrescem, o que, mais uma vez, aponta
para o acerto de se colocar força total nos quatro primeiro anos da vida escolar,
demonstrando que aqueles que não superam suas dificuldades nesta fase tendem a
carregar deficiências de aprendizado nas próximas etapas da vida escolar. Reforçam
ainda a idéia da Secretaria de investir em programas especiais também para o Ciclo II.
Ou seja, orienta a correção de deficiências a partir do conhecimento real de acertos e
das dificuldades.
“O desafio agora é manter a melhora do Ciclo I e intensificar as expectativas de
aprendizagem dos alunos do Ciclo II, chamando os pais destes alunos a participarem
do processo de aprendizagem”, afirmou o secretário Alexandre Schneider. As séries
do Ciclo II contarão também com material didático específico.
Ainda sobre os resultados do Ciclo II, o secretário lembrou que o currículo para estas
séries foi implantado somente no ano passado. Além do currículo, o secretário falou
sobre o esforço da pasta para reduzir o terceiro turno, sobre a ampliação da jornada
dos professores e sobre o aumento de salário destes profissionais. “Tudo isso
contribui para a melhoria do desempenho dos nossos alunos”, disse Schneider.

Médias melhoram de um ano para o outro

Mas a melhor ferramenta que se obteve a partir da segunda edição da Prova São
Paulo é a possibilidade de aferir o crescimento individual do aluno de um ano para o
outro. Trata-se de instrumento poderoso de planejamento e de ação pedagógica para
cada uma das escolas e para a gestão municipal de Educação. Nesse item, os dados
aferidos demonstram novamente o impacto positivo de programas como o Ler e
Escrever e dos cadernos especiais de Matemática. E os exemplos são reveladores: a
evolução da proficiência de Língua Portuguesa/Leitura dos alunos que estavam no 2º
ano do Ciclo I em 2007 foi de 15.7%. Tinham obtido média de 136,3 e pularam para
157,7 ao passarem para o 3º ano. Em matemática, o crescimento é de 18.9%,
alcançando até 31,8% nos alunos que tinham deficiências no 2º ano e que
freqüentaram o PIC no 3º.
Cenário semelhante acorre no Ciclo II, só que nessas séries a evolução se dá em
ritmo mais lento.

Informações adicionais

A cidade de São Paulo passou a utilizar a escala Saeb na avaliação de todas as séries.
Os testes da segunda edição da Prova São Paulo foram elaborados por profissionais
da Secretaria Municipal de Educação e aplicados pelos professores da própria rede. À
empresa contratada Herkenhoff & Prates coube a impressão das provas, a
contratação de profissionais de apoio, a análise dos resultados. Os custos da
realização da avaliação foram de R$ 5,5 milhões.


Emottasilva SP 15/05/2009

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